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A cobertura do The Intercept na Vaza Jato repôs princípios jornalísticos que foram abandonados pela imprensa e pelas instituições brasileiras, nesse período de jornalismo de guerra. Como, por exemplo, a racionalidade por trás das decisões tomadas.
Nesse período de jornalismo de esgoto, a estratégia adotada pela mídia e pelas instituições era da invisibilidade das denúncias contrárias ao pacto do impeachment. Podia ser a denúncia mais fundamentada, por parte de jornalistas conhecidos e premiados em sua carreira na mídia tradicional, ou jovens jornalistas escudados em links confiáveis. Nada era aceito. Em contrapartida, qualquer factoide da mídia era álibi para atos de ofício de procuradores contra os “inimigos”.
Glenn Greenwald conseguiu romper essa barreira do silêncio dividindo a mídia, e oferecendo o acepipe do furo jornalístico aos veículos que mais se desgarraram do jornalismo no período anterior e a jornalistas introdutores do jornalismo de ódio na mídia.
Foi uma estratégia de craque.
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