Teve início nesta quinta-feira, 26 de outubro, o congresso “Balanço Crítico da Lava Jato”, realizado na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo. Na abertura do evento, Wilson Ramos Filho, também conhecido como Xixo e membro fundador do Museu da Lava Jato (MLJ), aproveitou a ocasião para falar sobre o trabalho do Museu, que completou um ano em 1º de agosto deste ano.

Em sua exposição, Xixo compartilhou mais detalhes sobre a história e o trabalho do Museu, destacando a riqueza do acervo, que inclui não apenas notícias e processos da Lava Jato, mas também o Memorial Vigília Lula Livre e um grupo de pesquisa sobre Lawfare (GipLawfare).

“Não temos a pretensão de ser os únicos a estudar e analisar a Lava Jato. Não buscamos exclusividade; outras instituições estão fazendo isso e podem continuar. Nosso acervo está disponível para todos, sem exclusividade”, disse o jurista.

Já Celso Fernandes Campilongo, diretor da Faculdade de Direito da USP, elogiou os esforços do Museu em preservar, de maneira crítica, a memória do que foi a operação Lava Jato.

“A Lava Jato, sob pretexto supostamente jurídico, subverteu a ordem jurídica, com reflexos no que deve ser o núcleo de um estado democrático de direito. O festival de horrores gerado pela Lava Jato agora recebe, neste Museu, um exemplo a ser observado com muita atenção, para que recaídas autoritárias não continuem vicejando, como ocorreram neste momento da história brasileira.”

Fotos de Jader Rocha