Os ex-juízes da Operação Lava Jato e atuantes na 13ª Vara Federal de Curitiba Gabriela Hardt e Fernando Appio tiveram seus processos arquivados pelo corregedor nacional de Justiça Luis Felipe Salomão. A justificativa apresentada pelo corregedor foi de que não houve falta funcional dos magistrados. Mesmo com a suspensão dos processos, Gabriela Hardt ainda responderá o processo administrativo disciplinar (PAD).

Luis Felipe Salomão, corregedor nacional de Justiça, estabeleceu um prazo de 15 dias para a 13ª Vara Federal de Curitiba se manifestar sobre o grampo clandestino plantado na cela de um dos primeiros alvos da Lava Jato, o doleiro Alberto Youssef. Um laudo da Polícia Federal afirma que o grampo funcionou ilegalmente por pelo menos 12 dias em março de 2014. Salomão escreveu: “Intime-se o JUÍZO DA 13ª VARA FEDERAL DE CURITIBA para, no prazo de 15 (quinze) dias, prestar as informações que se lhe afigurarem pertinentes.” A apuração referente ao grampo foi conduzida pela Corregedoria-Geral da Polícia Federal, que concluiu que “restou comprovada a existência de indícios” da instalação do equipamento de interceptação ambiental.

A Novonor (antiga Odebrecht), aceitou os termos do governo para repactuação dos acordos de leniência firmados pela empreiteira. A União já entregou uma petição com os termos finais para o ministro do STF, André Mendonça. O termo, de R$2,7 bilhões, firmado em 2018, foi o segundo maior acordo de leniência já estabelecido. Na proposta, o governo ofereceu a quitação da dívida com o aumento do uso do prejuízo fiscal para até 50% e a isenção de juros moratórios até maio deste ano. O governo solicitou mais trinta dias para a discussão e resolução de algumas cláusulas do processo. A Novonor é uma das diversas empresas com acordos de leniência em andamento. Juntas, as empreiteiras devem cerca de R$11,8 bilhões.

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ), decidiu pela reintegração dos desembargadores Carlos Eduardo Thompson Flores Lenz e Loraci Flores de Lima do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4). Eles haviam sido afastados em abril deste ano por irregularidades durante a Operação Lava Jato. O conselheiro Bandeira de Mello apontou novos fatos que justificam o retorno dos magistrados, incluindo os desastres climáticos no Rio Grande do Sul, onde está localizada a sede do TRF-4.

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