Na segunda-feira passada, o programa Roda Viva entrevistou o então Ministro dos Transportes, Renan Filho. Durante a conversa, ele abordou a influência política de seu pai, o ex-senador Renan Calheiros. Renan Filho defendeu seu pai das polêmicas, alegando que estas eram tentativas de descreditar a política e julgar seu pai pelo conjunto de sua carreira. Ele também comparou a atuação de seu pai com as ações de Sergio Moro e Deltan Dallagnol, argumentando que estes últimos entraram na política de maneira desajeitada e enfrentaram consequências negativas. Renan Filho destacou que seu pai nunca enfrentou processos no Supremo Tribunal Federal. O programa contou com entrevistadores de várias mídias. 

Walter Delgatti Neto também foi sentenciado a 20 anos de prisão e multa na segunda-feira (21) como parte da operação Spoofing, que investigou o vazamento das mensagens de Telegram de envolvidos na operação Lava Jato. A divulgação dessas mensagens provocou a crise denominada Vaza Jato. 

A decisão foi proferida pelo juiz Ricardo Augusto Soares Leite, da 10ª Vara da Justiça Federal de Brasília. Delgatti foi considerado culpado por crimes como invasão de dispositivo informático, organização criminosa, lavagem de dinheiro e interceptação de comunicações. 

Além de Delgatti, outras cinco pessoas também foram condenadas: Gustavo Elias dos Santos (12 anos e 9 meses de prisão), Thiago Eliezer Martins Santos (18 anos e 11 meses), Suelen Priscila de Oliveira (6 anos) e Danilo Cristiano Marques (10 anos e 5 meses). Luiz Henrique Molição recebeu perdão devido a uma delação premiada. 

Delgatti também foi investigado por sua participação em um esquema que envolvia a inserção de alvarás de soltura e mandados de prisão falsos no sistema do Banco Nacional de Monitoramento de Prisões. A deputada federal Carla Zambelli também foi alvo dessa investigação. Delgatti admitiu sua participação nesse esquema em depoimento à Polícia Federal. 

As ações investigadas ocorreram entre 4 e 6 de janeiro de 2023, quando foram inseridos no sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e possivelmente em outros tribunais do Brasil, 11 alvarás de soltura e um mandado de prisão falso, direcionado ao ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes. Esses eventos são suspeitos dos crimes de invasão de dispositivo informático e falsidade ideológica, de acordo com a Polícia Federal. 

Ao final da semana o Conselho Nacional do Ministério Público aprovou correições extraordinárias nos estados do Paraná, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, com o objetivo de investigar desvios no processo da “operação lava jato”. Essas ações semelhantes às correições em andamento no Conselho Nacional de Justiça visam examinar possíveis irregularidades. 

Um dos principais desafios dessas inspeções é rastrear o destino do dinheiro proveniente de multas, que foi depositado em contas indicadas pelo ex-juiz Sergio Moro e seus associados. Ficou evidente que interesses financeiros e políticos se misturaram ao movimento da “lava jato”. Deltan Dallagnol ofereceu uma quantia a Bruno Brandão, da Transparência Internacional, para endossar práticas que posteriormente se revelaram corruptas. 

O ex-procurador da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol, foi ouvido pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) como parte de uma investigação interna sigilosa chamada de correição extraordinária. O CNJ está conduzindo essa investigação na 13ª Vara Federal de Curitiba e no Tribunal Regional Federal da 4ª Região, que supervisionaram a Lava Jato em instâncias inferiores. 

O corregedor nacional de Justiça, ministro Luis Felipe Salomão, instaurou esse processo de correição em maio, visando identificar eventuais erros e excessos cometidos por magistrados durante a Lava Jato. 

Dallagnol compareceu como testemunha, sendo obrigado a prestar depoimento. Nas redes sociais, ele expressou que foi intimado pelo CNJ sem informações sobre o conteúdo do processo e que não teve acesso aos autos. 

No sábado o presidente Luiz Inácio Lula da Silva discursou no Hotel Intercontinental em Luanda, Angola, enfatizando o retorno do Brasil à África como um movimento necessário e destacando que o Brasil nunca deveria ter saído do continente africano. O discurso foi feito em frente a políticos, empresários e diplomatas, e Lula repetiu o lema “O Brasil voltou”, que já havia usado em outros países. 

A viagem de Lula a Angola é vista como uma parte do esforço do governo atual para recuperar as exportações brasileiras para a África, que têm permanecido estagnadas desde 2011. Esse movimento inclui planos para abrir ou reabrir embaixadas no continente e envolve comitivas de empresas em busca de novas oportunidades de negócios na África. 

Essa iniciativa envolve também empresas investigadas por corrupção na Operação Lava Jato, que estão buscando novas oportunidades no continente africano 

Referências e outras notícias

  • Provas anuladas e denúncia rejeitada: os novos revezes da Lava Jato – Museu da Lava Jato https://ury1.com/GMYay
  • Correições prometem revelar o DNA criminoso do lavajatismo e de seus acólitos – Consultor Jurídico https://urx1.com/AKWSq
  • Advogado de Cid revela briga com Moro: ‘Pedi a suspeição dele e ganhei’ – Veja https://urx1.com/ShFZL
  • “Moro e Dallagnol meteram os pés pelas mãos para entrar na política”, diz Renan Filho – TV Cultura/UOL https://l1nk.dev/RXpSt
  • Janja X Lava-Jato: o que está em jogo na escolha do futuro ministro do STF – Veja https://l1nq.com/c2E1y
  • Gilmar Mendes chama Lava Jato de autoritária e afirma que operação ‘golpeou os pilares da democracia’ – Revista Oeste https://l1nq.com/pdbgS
  • Hacker Walter Delgatti é condenado a 20 anos de prisão por invadir celulares de integrantes da Lava Jato – Brasil de Fato https://urx1.com/Rozvb
  • Delgatti é um novo caso Assange. Artigo de Luís Nassif = IHU/Unisinos https://urx1.com/q0GTL
  • Contorcionismo matemático em sentença que carrega a marca de quem a profere – ConJur https://urx1.com/9PceE
  • Após 3 meses de afastamento, Appio busca diálogo com o STF para tentar voltar à Lava Jato – Carta Capital https://ury1.com/7PPu6
  • A correição do TRF-4 pode terminar em pizza, por Luis Nassif – Jornal GGN https://urx1.com/gXE5n
  • Desembargador do TRF-4 mantém Diogo Castor de Mattos no Ministério Público Federal, apesar da demissão decidida pelo CNMP – Brasil 247 https://ury1.com/C5sqX
  • CNMP instaura reclamação disciplinar contra ex-integrantes da ‘lava jato’ do Rio – ConJur https://l1nq.com/fP6Er
  • CNJ ouve Deltan Dallagnol em investigação sobre possíveis falhas na Lava Jato – CNN Brasil https://l1nq.com/LTseB
  • Embaixadas e até empresas da Lava Jato: como Brasil tenta recuperar o prejuízo na África – BBC News Brasil https://urx1.com/Am4IY