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Devo um pedido de desculpas ao Ministério Público Federal por ter imputado a ele responsabilidade na fraude jornalística perpetrada pela revista Época – com as supostas denúncias sobre lobby de Lula para que a Odebrecht competisse em empreendimentos na África.
A responsabilidade exclusiva foi de um procurador exibicionista, atuando isoladamente, que juntou recortes de jornais para estabelecer ilações sem provas envolvendo um ex-presidente da República.
Cabe à corporação inibir esses arroubos de seus membros que comprometem a imagem do poder como um todo. Mas não há como recusar uma representação.
Recebida a representação, sorteia-se o procurador que irá analisá-la. Coube à procuradora Mirella Aguiar proferir um juízo que poderá vir a se constituir em um novo padrão de tratamento do MPF aos factoides da mídia: denúncia de mídia, sem acompanhamento de provas, equivale a uma denúncia anônima.
Revejo também a questão da lista tríplice.
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