O PL, partido de Jair Bolsonaro, entrou com ação pedindo a cassação do mandato do senador eleito pelo Paraná, o ex-juiz Sergio Moro. A ação corre sob sigilo na Justiça Eleitoral e é movida pelo diretório regional do PL-PR, que deseja emplacar seu candidato no lugar de Moro, o deputado federal Paulo Martins – segundo mais votado para senador no Paraná na eleição deste ano.

A ação aconteceu pouco mais de um mês dos debates decisivos do segundo turno das eleições presidenciais, quando Moro atuou como um patético coadjuvante de Jair Bolsonaro. O ex-juiz parece fenecer mesmo antes de ser empossado para o cargo ao qual foi eleito, visto que além do pedido de cassação do mandato pelo PL, enfrenta a possibilidade de ter as contas da campanha reprovadas pelo TRE-PR e, ainda, o possível mal estar de ter em seu partido, o União Brasil, um aliado de Lula.

Vale lembrar que quando Moro deixou o cargo de ministro da Justiça, a horda bolsonarista promoveu um ato para retirar o monumento em homenagem à Lava Jato instalado ilegalmente em frente ao prédio que abriga a 13ª Vara Federal de Curitiba, da qual Sergio Moro era o juiz. Naquele dia, foram jogadas 30 moedas ao solo, na alusão bíblica da quantia recebida por Judas para trair o Messias.

Com a derrota nas urnas, Bolsonaro luta para continuar como líder da extrema-direita brasileira, posição pela qual Sergio Moro não esconde seu interesse. A subida do calvário será longa para ambos e começa no dia primeiro de janeiro de 2023, quando Lula enfrenta a rampa do Planalto para se tornar pela terceira vez presidente do Brasil.

Em seu perfil do twitter, Sergio Moro se manifestou sobre a ação e criticou Paulo Martins, afirmando que o candidato do PL “mudou de cor” para se beneficiar de fundo partidário e de acusá-lo falsamente para ganhar o mandato de Senador no Paraná.

Além disso, chamou o presidente do PL/PR e Paulo Martins de “maus perdedores que resolveram trabalhar para o PT”.