“Me coloco à inteira disposição para auxiliar no esclarecimento dos fatos em apuração. Estou, por isso, orientando os meus advogados a procederem a imediata entrega das cópias das mensagens que recebi pelo aplicativo Telegram à Polícia Federal, bem como a formalmente informarem, a quem de direito, que estou à disposição para prestar quaisquer esclarecimentos sobre o ocorrido e para apresentar meu aparelho celular à exame pericial”
Ele digitou: “Falarão que estamos acusando com base em notícia de jornal e indícios frágeis… então é um item que é bom que esteja bem amarrado. Fora esse item, até agora tenho receio da ligação entre Petrobras e o enriquecimento, e depois que me falaram to com receio da história do apto… São pontos em que temos que ter as respostas ajustadas e na ponta da língua”.
The Intercept Brasil publica trechos expandidos de mensagens trocadas entre o ex-juiz e o procurador coordenador da operação. Leia a matéria
No 1º dia da Vaza Jato, o portal The Intercept Brasil revela trechos de conversas entre procurador Deltan Dallagnol e o atual ministro da Justiça Sérgio Moro, mostrando discussões internas e “atitudes altamente controversas, politizadas e legalmente duvidosas da Lava Jato”.
Os arquivos, a que o Intercept teve acesso com exclusividade, contêm, entre outras coisas, mensagens privadas e de grupos da força-tarefa no aplicativo Telegram. Neles, os procuradores da força-tarefa em Curitiba, liderados por Deltan Dallagnol, discutiram formas de inviabilizar uma entrevista do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à colunista da Folha de S.Paulo Mônica Bergamo, autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Ricardo Lewandowski porque, em suas palavras, ela “pode eleger o Haddad” ou permitir a “volta do PT” ao poder.
EXCLUSIVO – Moro sobre papo de Dallagnol com membro do STF: In Fux we trust. Leia a matéria
Um trecho do chat privado entre Sergio Moro e o então procurador da República Carlos Fernando dos Santos Lima mostra que o ex-juiz pediu aos procuradores da Lava Jato uma nota à imprensa para rebater o que chamou de “showzinho” da defesa de Lula após o depoimento do ex-presidente no caso do triplex do Guarujá.
No último domingo, o Brasil foi surpreendido por três reportagens explosivas publicadas pelo TIB. Nelas, nós mostramos as entranhas da Lava Jato e mergulhamos fundo em poderes quase nunca cobertos pela imprensa. Quase todos os jornalistas que eu conheço preferem se manter afastados disso: apontar o dedo para procuradores e juízes é, antes de tudo, perigoso em muitos níveis – eles têm razão. Leia a matéria completa.
Novo diálogo entre o procurador Deltan Dallagnol e o ex-juiz Sergio Moro divulgado revela que Moro orientou o procurador a não investigar o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. No dia 13 de abril de 2017, Moro questiona Dallagnol sobre a gravidade das suspeitas contra FHC, afirmando não querer “melindrar alguém cujo apoio é importante”.
Convocado para prestar esclarecimentos à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), o ministro depôs por mais de oito horas, insistiu que não vê problemas no conteúdo das mensagens e usou o termo “hackers criminosos” diversas vezes, insistindo que os jornais tenham agido de forma criminosa.
INÉDITO: O que disse Moro a senadores e o que fez Dallagnol com procuradora. Leia a matéria
“Autoridades Públicas estão sujeitas a críticas e tem uma esfera de privacidade menor do que o cidadão que não é pessoa pública”, disse o procurador em um diálogo no Telegram. Leia a matéria
Lava Jato articulou apoio a Moro diante de tensão com STF, mostram mensagens. Leia a matéria
A Folha de S.Paulo começa a publicar uma série de reportagens sobre as mensagens trocadas pelos procuradores da Operação Lava Jato e o ex-juiz e ex-ministro Sergio Moro.
O Movimento Brasil Livre (MBL) divulga áudio em que Moro pede desculpas por chamá-los de ‘tontos’ em mensagens trocadas entre integrantes da força-tarefa em 2019.
“Consta ali 1 termo que não sei se usei mesmo. Acredito que não. Pode ter sido adulterado. Mas queria pedir minhas escusas se eventualmente utilizei porque sempre respeitei o Movimento Brasil Livre”
A gravação foi divulgada no canal do Youtube do deputado estadual Arthur Mamãe Falei (DEM-SP), integrante do MBL.
O jornalista Glenn Greenwald, fundador do The Intercept Brasil,coordenador das investigações da Vaza Jato, respondeu a questionamentos feitos pelos parlamentares na Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados (CDHM).
A revista Veja revelou em reportagem as supostas testemunhas que Moro indicou a Dallagnol para incriminar Lula. O técnico em contabilidade Nilton Aparecido Alves, de 57 anos, e o empresário Mário César Neves, dono de um posto de combustível na capital de Mato Grosso do Sul, teriam sido as duas testemunhas indicadas pelo então juiz Sérgio Moro ao chefe da força-tarefa da Lava Jato, Deltan Dallagnol.
A Vaza Jato teve espaço no palco do 14° Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji).
Glenn Greenwald fez uma série de tuítes comentando uma coluna do jornal Estadão, que afirmava que “arsenal” contra Moro havia acabado.
Vazamento de conversas sobre a Lava Jato mostrou que a operação foi criticada por procuradores do Ministério Público Federal. Para os envolvidos na força-tarefa, a agenda pessoal do juiz Sergio Moro colocou em risco a credibilidade da operação.
A Polícia Federal pediu ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) um relatório das atividades financeiras do jornalista, com o objetivo de analisar se houveram movimentações relacionadas ầ invasão dos hackers aos integrantes da Operação Lava Jato.
Três comissões da Câmara dos Deputados (de Constituição e Justiça e de Cidadania; de Trabalho, Administração e Serviço Público; de Direitos Humanos e Minorias) realizam neste momento audiência pública com o ministro da Justiça, Sérgio Moro.
Os deputados querem esclarecimentos sobre o conteúdo revelado pelo site de notícias The Intercept Brasil, que trouxe mensagens supostamente trocadas entre Moro, então juiz federal, e o coordenador da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba, o procurador Deltan Dallagnol. Além de mensagens entre outros procuradores membros da força-tarefa.
A Folha de S.Paulo começa a publicar uma série de reportagens sobre as mensagens trocadas pelos procuradores da Operação Lava Jato e o ex-juiz e ex-ministro Sergio Moro.
O jornal El País começa a publicar uma série de reportagens sobre as mensagens trocadas pelos procuradores da Operação Lava Jato e o ex-juiz e ex-ministro Sergio Moro.
Como o Intercept Brasil confirma a identidade das pessoas que aparecem nos chats da #VazaJato.
A revistas Veja publica uma carta aos leitores contando sobre o processo jornalístico empregado por eles para autenticar a veracidade o material recolhido pela Vaza Jato, e também as razões pelas quais a revista decidiu mudar seu posicionamento sobre o ex-juiz Sergio Moro e a condução dos processos da Operação Lava Jato.
O EL PAÍS teve acesso a um trecho dos arquivos da #VazaJato e confirmou, com a ajuda de fontes externas ao site de notícias que sacode o Brasil, que as mensagens trocadas eram verdadeiras.
O presidente do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, pediu ao ministro Sergio Moro e a Polícia Federal que se manifestem sobre suposta investigação ao jornalista Glenn Greenwald. O ministro deu 1 prazo de 5 dias para que estes se manifestem. Toffoli também quer que a AGU (Advocacia Geral da União) e a PGR (Procuradoria Geral da República) se manifestem.
A suspeita é que a PF tenha pedido à Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) relatório sobre as movimentações financeiras de Greenwald, sob comando de Moro. Um dia antes do pedido, o assessor da Presidência da República teria dado a entender que teve acesso às informações financeiras de Glenn.
O jornalista Reinaldo Azevedo divulgou novos diálogos entre o ex-juiz Sérgio Moro e o procurador Deltan Dallagnol. Agora as novas mensagens incluem mais um ministro do Supremo Tribunal Federal, o Luis Roberto Barroso, que aparece convidando os dois para um jantar em sua casa.
A Polícia Federal deteve quatro suspeitos de invadir o telefone de Sergio Moro em operação denominada Spoofing – expressão correspondente a um tipo de falsificação tecnológica para assumir uma identidade que não é sua -.
Em nota, a Polícia Federal se limitou a informar que os quatro suspeitos foram detidos em caráter temporário nas cidades de Araraquara, São Paulo e Ribeirão Preto e integram uma organização criminosa que pratica crimes cibernéticos. Também foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão.
Walter Delgatti Neto, chamado de ‘Vermelho’, que foi detido pela Polícia Federal (PF) e prestou depoimento no dia 23/07/2019 até as 23 horas, teria confessado ter invadido o celular do procurador Deltan Dallagnol para fonte anônima ligada ao caso.
O presidente do STJ (Superior Tribunal de Justiça), João Otávio Noronha, afirmou à Folha nesta quinta-feira (25) que a informação foi dada pelo próprio ministro por telefone. A comunicação foi confirmada à reportagem pela assessoria de Moro. Moro telefonou a Noronha para comunicar que ele estava na lista dos alvos do grupo preso na última terça-feira (23) pela Polícia Federal.
“Recebi pelo ministro Moro a notícia de que fui grampeado. Não tenho nada que esconder, não estou preocupado nesse sentido”, disse o magistrado. “As mensagens serão destruídas, não tem outra saída. Foi isso que me disse o ministro e é isso que tem de ocorrer”, acrescentou.
O procurador Marcus Marcelus Gonzaga, requereu à justiça o arquivamento de dois pedidos que tentaram impedir a continuação da Vaza Jato.Um deles foi feito pelo deputado cearense Heitor Freire, do PSL – na época, em julho de 2019, era o partido de Jair Bolsonaro – e o outro pedido foi feito por alguém sob sigilo de identidade.
Segundo o procurador, “a publicação de matéria jornalística, em regra, não é passível de investigação criminal num Estado Democrático de Direito, tendo em conta a proteção constitucional à liberdade de informação jornalística e ao sigilo da fonte”.
Perícia contratada pela Folha de S. Paulo comprova uma série de elementos de autenticidade na gravação de áudio atribuída ao procurador da República Deltan Dallagnol, que comemora a proibição de entrevista de Lula.
O site Intercept se manifesta diante de questões colocadas por seus leitores após a PF ter detido quatro suspeitos de hackear o Telegram de autoridades da força-tarefa e enviar parte do material ao jornal.
Vazamento divulgado pela Folha de S. Paulo mostra que Deltan Dallagnol, procurador da Lava Jato, estimulou colegas em Brasília e Curitiba a promoverem investigações contra o ministro Dias Toffoli, do STF. “Quem aposta que Toffoli cai até o fim da LJ [Lava Jato]?”, indagou o procurador em diálogo.
Após o posicionamento do ministro da Justiça e Segurança Pública de destruir provas recolhidas na operação spoofing, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, determinou que o Ministério da Justiça e a Polícia Federal mantenham as provas encontradas com suspeitos de hackear as contas de integrantes da força-tarefa da Lava Jato. Fux também foi citado nas mensagens vazadas pelo Intercept.
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, deu 48 horas para o juiz Vallisney de Oliveira, da 10ª Vara Federal de Brasília, enviar à corte cópia integral do inquérito e de todo material apreendido durante a chamada operação spoofing, que investiga o hackeamento dos celulares do ministro da Justiça, Sergio Moro, de procuradores da “lava jato” e de outras autoridades do país.
O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, deu uma cautelar proibindo que autoridades públicas investiguem ou tomem qualquer medida que vise responsabilizar o jornalista Glenn Greenwald por publicar informações na mídia, diante da proteção do sigilo constitucional da fonte jornalística.
Na decisão, Gilmar afirma que a atuação do jornalista é digna de proteção constitucional, independentemente do seu conteúdo ou do seu impacto sobre interesses governamentais.
O jornal UOL fecha parceria com o Intercept e começa a publicar uma série de reportagens sobre as mensagens trocadas pelos procuradores da Operação Lava Jato e o ex-juiz e ex-ministro Sergio Moro.
Em uma nova série de mensagens publicadas, mostram que o procurador Deltan Dallagnol participou de grupos que planejavam e selecionavam vazamentos de forma categórica em alguns meios de comunicação, com o objetivo de manipular os suspeitos para intimidar pessoas determinadas para que esses fizessem delações. Além da conduta questionável, as mensagens mostraram que Dallagnol mentiu ao negar que ele repassava informações da Operação a terceiros.
A Agência Pública se une ao Intercept e começa a analisar uma série de reportagens sobre as mensagens trocadas pelos procuradores da Operação Lava Jato e o ex-juiz e ex-ministro Sergio Moro.
Deltan captava recursos de empresários para Instituto Mude. Investigação da Pública em parceria com o Intercept analisou diálogos em que procurador pede recursos para empresários e indica doadores para o instituto contra corrupção.
Mensagens mostraram que o procurador Deltan Dallagnol tinha apoio de colegas do MPF para uma suposta candidatura ao Senado. A ideia foi cogitada ao longo de um ano e ele acreditava que ‘seria facilmente eleito’.
Uma reportagem publicada pelo jornal Folha de S. Paulo no domingo (8), com informações obtidas pelo The Intercept Brasil, mostrou que os grampos de conversas do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em março 2016, divulgados ilegalmente pelo então juiz Sergio Moro, eram seletivos. As mensagens deixam claro que o magistrado pretendia reforçar a hipótese de que Lula aceitara um convite para ser ministro-chefe da Casa Civil como forma de obstruir a Justiça — todos os diálogos que contrariavam essa narrativa foram mantidos em sigilo.
Antes da conclusão das investigações, a força-tarefa da Lava Jato em Curitiba pediu de forma “abrupta e antecipada” o arquivamento de um inquérito da Polícia Federal sobre a instalação de um grampo na cela do doleiro Alberto Youssef, segundo o delegado responsável pelo caso.
O jornalista Reinaldo Azevedo juntamente com Leandro Demori, revelam uma série de reportagens indicam que Thaméa Danelon, procuradora do MPF que coordenou a Lava Jato em São Paulo, trocou informações com Deltan Dallagnol, com o objetivo de pedir o impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes.
“Relações Obscenas” é um registro histórico, idealizado pelo Coletivo LEME*. O livro reúne autoras e autores das mais diversas áreas de atuação que analisam, sob olhares atentos, os principais fatos revelados de junho a agosto de 2019, na série de reportagens #VazaJato, publicada pelo The Intercept Brasil e por seus parceiros editoriais.
Conversas analisadas pela Agência Pública revelam que o procurador-chefe da força-tarefa da Lava Jato, Deltan Dallagnol, elaborou um plano de ampliar sua influência usando “grupos de ação cidadã em igrejas e viagens”.
O The Intercept revelou mensagens que relatam que integrantes da força tarefa da Lava Jato usaram a denúncia do sítio contra Lula para distrair o público da crise com Temer e Janot e proteger colegas.
Conversas no Telegram mostram que procuradoria não viu interesse público nas acusações contra então vice em 2016. “Você acha que o Supremo ia me autorizar?”, se defende Janot.
As novas revelações da Vaza Jato que vieram a público nesta sexta-feira, 18 de outubro, por intermédio do El País Brasil, em parceria com The Intercept Brasil, confirmam o caráter político e persecutório dos procuradores da força-tarefa da Lava Jato no suposto combate à corrupção.
A alegada “falta de interesse público”, que levou os integrantes da República de Curitiba a descartarem por conveniência política a colaboração de um delator, reforça a trama e desmascara o conluio de procuradores para interferir no cenário político nacional, corroborando o Golpe de Estado que me tirou da Presidência da República há três anos.
Pior, ao se recusarem sequer a apurar o caso, procuradores permitiram à ascensão ao poder de Michel Temer e da banda podre do PMDB – mesmo sob forte suspeita e indícios de corrupção que os assombravam. Aqueles que deveriam defender a lei manietaram uma denúncia que, em 2018, acabaria sendo aceita pela Justiça Federal do Rio.
Para espanto geral, sabemos agora que os integrantes do MPF esconderam da opinião pública informações que dificultariam o meu impeachment e jogariam luz na conspiração política que se desenhava no Congresso com apoio de setores da mídia nacional e de parte de empresários brasileiros.
Três anos depois do Golpe de 2016, que feriu a democracia e desprezou o voto de 54,5 milhões de brasileiros que me elegeram presidente em 2014, a verdade – mesmo a conta-gotas – insiste em vir à tona, desvelando o jogo sujo e mostrando o papel de agentes públicos na corrosão institucional que assola desde então o país.
Por ocasião do meu afastamento, em 1º de setembro de 2016, eu disse que a história seria implacável com os que se julgam vencedores.
Agora, a porta da verdade está finalmente sendo aberta e a verdade emerge mostrando a colaboração promíscua entre a Lava Jato e suspeitos que ela deveria investigar.
O ex-juiz Sergio Moro não somente conspirou com os procuradores e comandou a força-tarefa da Lava Jato, conforme revelado pelo Intercept, mas também, desde o começo da operação, capitaneou operações da Polícia Federal. Chats de grupos da Lava Jato no Telegram indicam que o atual ministro da Justiça de Jair Bolsonaro inclusive ordenou busca e apreensão na casa de suspeitos sem provocação do Ministério Público (o que é irregular).
Teori engavetou habeas corpus após dar aval a prisão domiciliar de executivos da Andrade Gutierrez em 2016, mostram mensagens.
Mensagens mostram que procuradores levaram STF a manter prisão de executivos da Andrade Gutierrez.
Mensagens mostram que integrantes da força-tarefa temiam que a ministra aceitasse os argumentos de defesa do ex-presidente Lula.
Em Estado comandado há 20 anos pelo PSDB, operação só teve denúncias contra Lula e Temer. Casos envolvendo cúpula tucana paulista foram para a Justiça Eleitoral.
As respostas da força-tarefa da Operação Lava Jato às reportagens que revelam mensagens privadas enviadas por fonte anônima ao site The Intercept Brasil e analisadas em parceria com veículos de imprensa, entre eles o UOL, mudaram com o passar do tempo.
O juiz Danilo Pereira Jr., da 12° Vara Criminal Federal de Curitiba, aceitou o pedido da defesa de Lula e o autorizou a deixar a prisão, onde cumpria pena desde abril de 2018. A decisão declarou inconstitucional a prisão em segunda instância.
Mensagens revelam que ao anunciar a decisão que tornou públicas as conversas telefônicas de Lula grampeadas pela Polícia Federal indicam que o procedimento adotado foi diferente de outros casos semelhantes.
Força-tarefa da Lava Jato tinha consciência da importância de travar uma “guerra de mídia” com o objetivo de defender sua atuação e atrair apoio da opinião pública; material obtido pelo The Intercept Brasil mostra relações problemáticas com jornalistas.
Ex-presidente Temer era um dos maiores alvos da proposta, compartilhada entre procuradores. O ex-deputado Eduardo Cunha (MDB-RJ), citou 120 políticos, numa tentativa fracassada de delação premiada em 2017. Cunha, na proposta de delação obtida pelo Intercept, afirmou: “A escolha era feita por sorteio, mas se colocou dentro da urna bolas mais pesadas nos nomes escolhidos pelo colaborador para serem os três sorteados, dos quais um seria o escolhido, método sempre usado por ele [Cunha] para vender relatoria”.
O acordo da Lava Jato que blindou o banco Safra de punições por negociar com o doleiro Alberto Youssef.
Força-tarefa arquivou em outubro inquérito que investigava conduta suspeita do banco em empréstimo a doleiro. No centro da investigação, a disputa por um hotel abandonado na Bahia. Procuradores dizem que acordo é de interesse público.
O juiz Ricardo Leite, da 10ª Vara de Justiça Federal de Brasília, rejeitou denúncia do Ministério Público Federal contra o jornalista Glenn Greenwald, com base em liminar de Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal.
Em mensagens trocadas em novembro de 2018, o procurador Deltan Dallagnol passava informações privilegiadas ao site.
No início do ano de 2020, o Ministério Público Federal (MPF) fez uma denúncia ao jornalista Glenn Greenwald. O argumento da denúncia acusou o jornalista de ter orientado hackers a apagar mensagens em caso de invasão de celulares de autoridades, caracterizando uma associação criminosa. Rodrigo Maia, entidades da imprensa e a OAB criticaram a atitude do MPF.
Diálogos vazados mostram que “asset sharing” da Petrobras deu o tom da cooperação bilateral com o Departamento de Justiça dos EUA.
Conversas vazadas de procuradores do Ministério Público Federal revelam o funcionamento de uma colaboração secreta da operação Lava Jato com o Departamento de Justiça dos EUA, o DOJ, na sigla em inglês. Os diálogos, analisados em parceria com a Agência Pública, mostram que a equipe liderada pelo procurador Deltan Dallagnol fez de tudo para facilitar a investigação dos americanos – a tal ponto que pode ter violado tratados legais internacionais e a lei brasileira.
Deltan Dallagnol e Vladimir Aras não entregaram nomes de pelo menos 17 americanos que estiveram em Curitiba em 2015 sem conhecimento do Ministério da Justiça.
No Twitter, Bolsonaro publicou uma foto abraçando o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública e citou a série de reportagens apelidada de Vaza Jato, que expôs a interferência do então juiz nas ações do MPF (Ministério Público Federal) durante a Operação Lava Jato.
Segundo o The Intercept Brasil, a Lava Jato suspeitava que Ramagem estaria “envolvido em corrupção, além de ser muito ligado ao PT”.
“Para os procuradores do Ministério Público Federal em Curitiba, Ramagem era um nome ligado ao PT que estaria buscando melar a operação. Além disso, se preocupavam com a amizade que o nome de Bolsonaro para a Polícia Federal mantinha com um procurador preso e denunciado pela venda de informações de investigação ao grupo JBS”, diz o Intercept.
Moro presta depoimento à PF e admite que mensagens foram interceptadas.
Vaza Jato comemora um ano de investigações jornalísticas. O diretor-executivo do Intercept, Leandro Demori publicou uma newsletter. Leia aqui.
O Intercept também publicou em seu twitter uma pequena homenagem com imagens dos bastidores. Confira aqui.
Diálogos vazados mostram proximidade entre PF, procuradores e o FBI no caso da Lava Jato, incluindo “total conhecimento” das investigações sobre a Odebrecht.
Agência Pública revela em reportagem quem foram os agentes do FBI que atuaram na Lava Jato.
Newsletter do The Intercept Brasil: confira aqui
“Lamenta-se que a decisão inaugure orientação jurisprudencial nova e inédita, permitindo o acesso indiscriminado a dados privados de cidadãos, em desconsideração às decisões judiciais do juiz natural do caso que determinaram, de forma pontual, fundamentada e com a exigência de indicação de fatos específicos em investigação, o afastamento de sigilo de dados bancários, fiscais e telemáticos.”
Fachin não viu problema em Moro divulgar delações de Antonio Palocci a seis dias da eleição presidencial de 2018.
Com credibilidade mundial no combate à corrupção, a Transparência Internacional, também conhecida pela sigla TI, atuou nos últimos anos para defender publicamente a Lava Jato e seus protagonistas dentro e fora do Brasil, por meio de entrevistas, contatos com a imprensa e publicação de notas de apoio. As mensagens revelam que a ONG agiu diversas vezes a pedido do procurador Deltan Dallagnol, que deixou no começo de setembro a força-tarefa.
As informações publicadas pelo site The Intercept na série de reportagens conhecida como “vaza jato” não podem ser consideradas “fato notório” apto a modificar o resultado de julgamento sem depender de provas. A prescindibilidade de provas é prevista pelo artigo 374 do Código de Processo Civil.
Leia a decisão, Fonte: ConJur
Os procuradores da Lava Jato no Paraná atuaram nos bastidores para interferir na sucessão do ex-juiz Sergio Moro nos processos da operação em primeira instância. A força-tarefa do Ministério Público Federal fez lobby num outro poder, o Judiciário, para garantir que o novo escolhido para a cadeira do então recém-nomeado ministro do governo de Jair Bolsonaro fosse alguém que agradasse aos investigadores. F
A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) entrou hoje com um novo recurso no STF (Supremo Tribunal Federal) para pedir acesso a mensagens trocadas entre procuradores da Lava Jato. O pedido foi realizado depois que jornalistas do site The Intercept Brasil revelaram que a força-tarefa planejava prender Lula no mesmo dia em que ocorreu sua condução coercitiva.
Glenn pede demissão do The Intercept alegando censura por parte de editores norte-americanos. O site negou a afirmação.
Embora o Ministério Público Federal no Paraná tenha repetido de modo reiterado não reconhecer a veracidade das mensagens divulgadas pela “vaza jato”, três decisões judiciais de 2020 citaram perícia que atestou a integridade do material que revelou o conchavo entre procuradores e o ex-juiz Sergio Moro.
Em mensagens trocadas entre procuradores da Lava Jato, o então coordenador da força tarefa de Curitiba, Deltan Dallagnol, chama ironicamente o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva de “Madre Teresa do Guarujá”.
O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal, decretou sigilo sobre sobre a tramitação na Corte da ação em que o ex-presidente Lula pede acesso às mensagens apreendidas na Operação Spoofing.
O ex-juiz Sergio Moro e procuradores da Operação Lava Jato acertaram atos processuais e, em conversas secretas pelo Telegram, estabeleceram acordos sobre como proceder com a denúncia contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), meses antes da apresentação formal do caso.
O ministro Ricardo Lewandowski, do STF (Supremo Tribunal Federal), suspendeu o sigilo das conversas entre procuradores da Operação Lava Jato e o ex-juiz Sergio Moro.
O conteúdo de novos diálogos foi incluído nesta segunda (1º) no processo pela defesa do ex-presidente Lula. O material tem, ao todo, 50 páginas. Parte dele é inédita.
Os procuradores da Força-tarefa da Operação Lava Jato, em conversas em um aplicativo de mensagens, ridicularizaram o ex-presidente Lula e a ex-primeira dama Marisa Leticia, que morreu aos 66 anos, em fevereiro de 2017, devido a complicações de um Acidente Vascular Cerebral.
Nas mensagens, o procurador Deltan Dallagnol chamava o petista de 9, em referência ao fato de Lula ter perdido um dos dedos em um acidente de trabalho.
Perícia feita a pedido da defesa do ex-presidente Lula —documento que teve o sigilo levantado hoje pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Ricardo Lewandowski— contém 50 páginas de diálogos entre o ex-juiz federal Sergio Moro e o procurador Deltan Dallagnol, e entre o então chefe da Lava Jato em Curitiba e outros integrantes da força-tarefa (veja a íntegra das mensagens).
Dallagnol falava com o jornalista da Globo para tratar de repasse de informações exclusivas. No dia 06 de julho de 2015 o Jornal Nacional veiculou uma reportagem de quase dois minutos, mostrando trechos de um pedido do MPF para manter prisões. “Esse documento já estava pronto desde o dia 2 de julho, mas ainda não tinha sido juntado aos autos da Justiça Federal do Paraná — ou seja, não estava público. A força-tarefa só anexou esse documento no processo às 20h19 do dia 6: onze minutos antes do início do Jornal Nacional daquela noite. Uma espécie de vazamento legalizado”.
De acordo com diálogos, Lava Jato permitiu compartilhamento de provas com o FBI em 2015; pedido foi formalizado no Ministério da Justiça apenas em 2018.
“O procurador da República Deltan Dallagnol estava esfuziante naquele fim de tarde de quarta-feira. Havia alguns dias que ele só pensava em uma figura de um Cristo agonizante. Era 9 de março de 2016 e, poucos dias antes, a operação Lava Jato — que ele comandava no Ministério Público Federal do Paraná — jogara seu lance mais ousado até então: a condução coercitiva do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.”
O planejamento da prisão de Lula seria pelo flagrante de roubo do simbólico Jesus Crucificado.
“A Lava Jato, que havia focado todas as atenções no Cristo depois de receber uma fotomontagem que sugeria que a obra de arte estaria no Palácio do Planalto desde os tempos do ex-presidente Itamar Franco, não tinha se dado ao trabalho de procurar a história no Google. Cinco anos antes, a revista Época já desmentira a história do roubo.”
O Ministério Público Federal pagou ao procurador da República Diogo Castor de Mattos pelo menos R$ 373,6 mil em diárias para ele trabalhar para a Lava Jato na cidade em que morava. O caso é peculiar. Castor não é o integrante da força-tarefa de Curitiba que mais recebeu dinheiro extra por viagens a trabalho, tampouco o único que pode ter recebido sem precisar.
Diálogos inéditos: para o então chefe da Lava Jato, críticos da operação que levou Luiz Carlos Cancellier à morte são ‘bando de imbecis’.
“Amigo Secreto”, da consagrada cineasta Maria Augusta Ramos, é um documentário protagonizado por Leandro Demori, do The Intercept Brasil, Carla Jimenez, Regiane Oliveira e Marina Rossi, do El País Brasil, e mostra como uma grande operação de combate à corrupção atuou para fragilizar o sistema de justiça brasileiro, colocando em risco a democracia do país. O documentário é uma coprodução Brasil, Alemanha e Holanda. A produção fica por conta da Nofoco Filmes, Docmakers, Gebroeders Beetz Filmproduktion, e pela Vitrine Filmes.