Início das operações do primeiro campo de produção da Petrobras em Candeias, na Bahia.
Descoberta do Campo de Carmópolis, em Sergipe, o maior campo petrolífero terrestre do Brasil à época.
Instituído pelo governo militar, o Proálcool busca reduzir a dependência do petróleo importado em meio à crise do petróleo.
O governo de Fernando Collor (1990-1992) inicia um processo de abertura do mercado de petróleo, permitindo a entrada de empresas privadas no setor. A Lei nº 8.031 de 1990 cria o Programa Nacional de Desestatização, que inclui a venda de ativos estatais.
Durante o governo de Fernando Henrique Cardoso (FHC), a Lei do Petróleo é sancionada, quebrando o monopólio da Petrobras na exploração e produção de petróleo. A criação da Agência Nacional do Petróleo (ANP) marca o início de leilões de blocos exploratórios para empresas privadas e estrangeiras.
Petrobras realiza a primeira oferta de ações na Bolsa de Nova Iorque (NYSE), em uma tentativa de captar recursos e se internacionalizar. Críticos argumentam que isso expõe a empresa à pressão de investidores internacionais e compromete a soberania nacional.
Petrobras anuncia a autossuficiência em petróleo, o que foi um marco importante para a soberania energética do Brasil.
Petrobras realiza a maior capitalização da história, captando US$ 70 bilhões. Esse processo visava financiar os investimentos necessários para explorar o pré-sal, mas também aumentou a participação de investidores privados e estrangeiros.
Em 17 de março, é deflagrada a 1ª fase da Operação Lava-Jato. Um dos presos é o doleiro Alberto Youssef. Três dias depois, Paulo Roberto Costa, diretor da Petrobras, é preso. As provas indicam um grande esquema de corrupção e lavagem de dinheiro envolvendo a estatal
Petrobras tem pior prejuízo da história com crise e queda do barril. Em balanço, Petrobras registra prejuízo de 34,8 bilhões em 2015, mas comemora fluxo de caixa positivo. A Petrobras registrou um prejuízo de R$ 26,6 bilhões no 4º trimestre de 2014, o maior da estatal em quase trinta anos, mas que seria ainda superado pelo do 4º trimestre de 2015, de R$ 36,9 bilhões, o pior de sua história.
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, designa, em 7 de abril de 2014, uma força-tarefa para analisar o material apreendido. São oferecidas 12 ações penais em face das organizações criminosas, envolvendo 74 denunciados pela prática de crimes contra o sistema financeiro, formação de organização criminosa, lavagem de dinheiro, corrupção e peculato.
Por determinação do ministro Teori Zavascki, do STF, Paulo Roberto Costa é solto. Ele também suspende todos os inquéritos e ações penais que tramitavam na Justiça Federal do Paraná. O ministro atendeu reclamação apresentada por Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, que estava preso desde 20 de março. A defesa dele alegava que o juiz federal Sergio Fernando Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, estava usurpando a competência da Suprema Corte, já que as investigações da Polícia Federal sobre as atividades do doleiro Alberto Youssef citam integrantes do Congresso. Os autos apontam trocas de mensagens com o deputado federal André Vargas (sem partido-PR) e há diligências tendo como alvo o deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP). Além disso, notícias publicadas na imprensa citam ainda contatos entre Youssef e o deputado Luiz Argôlo (SDD-BA).
Costa é preso de novo, após a investigação encontrar contas na Suíça. US$ 23 mi são bloqueados.
O primeiro delator foi o ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, em 2014, embora não tenha sido a primeira delação homologada por ter citado pessoas com foro privilegiado, o que teria de ser apreciado pelo Supremo Tribunal Federal. Homologou-se a delação de Paulo Roberto Costa em 30 de setembro de 2014, obtendo o benefício de prisão domiciliar por ordem judicial.
Já no dia 23 de outubro, uma semana antes do segundo turno do pleito presidencial, Yousseff finalmente teria sua delação vazada pela PF onde denunciava uma rede massiva de corrupção envolvendo propinas em contratos entre a Petrobras e grandes empreiteiras; e imputava
suposta responsabilidade direta do ex-presidente Lula e da presidente Dilma.
A Operação Lava Jato marcou um ponto de não retorno na história da estatal e das empresas envolvidas, especialmente durante sua sétima fase, conhecida como “Juízo Final”, que ocorreu em 14 de novembro de 2014. Essa operação, conduzida pela Polícia Federal, resultou na prisão de 27 executivos de alto escalão de construtoras renomadas como Camargo Corrêa, Engevix, Galvão Engenharia, IESA, Mendes Júnior, OAS, Queiroz Galvão e UTC. A detenção desses líderes empresariais e a possibilidade de delações premiadas trouxeram grandes turbulências políticas, levando a uma investigação aprofundada dos contratos entre as estatais e essas grandes empresas, o que causou uma paralisação significativa nas decisões administrativas.
O presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Ricardo Lewandowski, negou pedido feito por réus na chamada operação “lava jato” para que tivessem acesso integral às delações feitas por Paulo Roberto Costa (ex-diretor de abastecimento da Petrobras) e pelo doleiro Alberto Youssef.
O empresário Julio Gerin de Camargo pediu à Justiça Federal para receber perdão judicial por ter apontado desvios de dinheiro ligados a contratos na Petrobras, em um dos processos envolvendo a operação “lava jato”. Depois de ter firmado delação premiada e assumido pagamento de propina de US$ 30 milhões, ele disse que se encaixa nos critérios para ser perdoado, conforme petição apresentada.
Um grupo de acionistas minoritários brasileiros da Petrobras deverá entrar na Justiça nos próximos dias com um processo pedindo indenização financeira para reparar perdas acumuladas com a queda do preço das ações da companhia após o escândalo da operação “lava jato”. A ação será movida pelo advogado de Porto Alegre Francisco Antônio Stockinger, que representa “cinco ou seis” acionistas, contra a União e a Petrobras.
A Polícia Federal prende o ex-diretor da Área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró, acusado de envolvimento nos crimes investigados na operação “lava jato”. Ele foi preso no aeroporto Tom Jobim, no Rio de Janeiro, quando retornava de uma viagem a Londres.
O Tribunal Regional Federal da 4ª Região manteve a prisão preventiva de Nestor Cerveró, ex-diretor da Petrobras, e de Gerson de Mello Almada, vice-presidente da Engevix. No caso do ex-diretor da Petrobras, o desembargador federal João Pedro Gebran Neto não aceitou a argumentação da defesa que alegou que a decisão judicial não teria fundamentação legal, não demonstrando a necessidade da prisão.
Atendendo a um pedido do Ministério Público Federal no Paraná, o juiz federal Sérgio Moro, responsável pelas investigações da operação “lava jato”, determinou a suspensão, por 60 dias, da ação penal envolvendo o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa e seus parentes.
As ações da Petrobras fecham com a menor cotação em mais de 10 anos, após a agência de classificação de risco Moody’s rebaixar todos os ratings da estatal envolvida em um grande escândalo de corrupção.
O primeiro dia de audiência com testemunhas da operação “lava jato” reuniu criminalistas em uma sala reservada da Justiça Federal e gerou ao menos duas críticas ao juiz federal Sergio Fernando Moro, que conduz os processos. Uma delas partiu do advogado Alberto Zacharias Toron, defensor do presidente da UTC Engenharia, para quem algumas perguntas feitas pelo juiz às testemunhas eram “induzidas para confirmar a hipótese acusatória”. A discussão começou quando Toron questionava Augusto Mendonça Neto, executivo da Toyo Setal que firmou termo de colaboração premiada. O delator disse que Ricardo Ribeiro Pessoa, presidente da UTC, era o responsável por levar à Petrobras uma lista de empreiteiras que deveriam ganhar contratos.
A Operação My Way teve como alvo a Diretoria de Serviços da Petrobras, comandada por Duque e a BR Distribuidora. Quatro pessoas foram presas e o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, levado para depor. “My Way” seria a forma que o ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco, que colabora com as investigações, se referia a Renato Duque, ex-diretor de Serviços da empresa.
Depois de advogados criminalistas, agora é a Defensoria Pública da União que pede a anulação de investigações ligadas à Operação Lava Jato. A instituição, que representa um dos réus do caso, alega que interceptações telefônicas da operação foram ilegais e que o caso não deveria ter passado pelas mãos do juiz federal Sergio Fernando Moro. Os argumentos aparecem em defesa protocolada na Justiça Federal em Curitiba.
O juiz federal Sergio Fernando Moro abriu o conteúdo de depoimentos prestados nas delações premiadas de Alberto Youssef e Paulo Roberto Costa, principais personagens da Operação Lava Jato. Entre mais de 60 documentos, um deles afirma que um deputado federal do PP chamado Luis Fernando integrou um esquema de fraudes na Petrobras. Horas depois da divulgação, Moro escreveu que, “por lapso, foi disponibilizado, entre os depoimentos enviados a este juízo como sendo de sua competência, um no qual há referência a um parlamentar federal”. Como deputados têm prerrogativa de foro, o juiz pediu que a secretaria da 13ª Vara Federal de Curitiba classificasse o documento como sigiloso, corrigindo o erro.
Petrobras cai mais de 30% no ano e valor de mercado recua para R$ 98 bi. Valor de mercado caiu abaixo de R$ 100 bilhões e voltou a nível de 2004.
“Os americanos não querem que divulguemos as coisas”, justificou Dallagnol num bate-papo com um assessor de comunicação em 5 de outubro de 2015. Era a resposta ao aviso de que a “imprensa está em polvorosa com a vinda de agentes/promotores dos eua para cá esta semana”.
Petrobras e Vale já caíram mais de 80% desde topo histórico em 2008. Segundo levantamento da Economatica, 28 das 57 empresas que compõem o Ibovespa desabaram mais de 50% desde suas máximas históricas até o pregão da véspera.
A subsidiária de postos de combustíveis BR Distribuidora foi privatizada em mais uma medida de desmonte da Petrobrás pelo governo federal. A petrolífera, que detinha 71,25% das ações, vendeu 35% por R$ 9,6 bilhões. Agora, a distribuidora possui mais capital privado que estatal.
A Petrobras anuncia a venda de oito refinarias como parte de um plano de desinvestimentos e reestruturação, impactando significativamente sua capacidade de refino e distribuição.
A Petrobras conclui a venda da Refinaria Landulpho Alves (RLAM) na Bahia para o grupo Mubadala Capital, marcando a primeira venda de refinarias em um plano de alienação de ativos que se seguiu à Lava Jato.
Roberto Castello Branco, presidente da Petrobras, é demitido pelo presidente Jair Bolsonaro, gerando instabilidade na governança da estatal e preocupações sobre a interferência política.
A Petrobras anuncia um aumento significativo no preço dos combustíveis, levando a críticas sobre a gestão da empresa e seu impacto na economia brasileira.
A Petrobras conclui a venda da Refinaria Isaac Sabbá (REMAN) no Amazonas para o grupo Atem, continuando o processo de desinvestimento iniciado após a Lava Jato.
A estatal enfrenta novos desafios com a queda na produção de petróleo devido à redução de investimentos e à venda de ativos essenciais.
A Petrobras anuncia um novo plano de negócios focado na transição energética e sustentabilidade, mas enfrenta dificuldades em atrair investimentos devido à sua imagem abalada pelos escândalos de corrupção.
A companhia reporta prejuízos significativos no primeiro trimestre do ano, atribuídos à instabilidade econômica global e aos impactos contínuos das investigações da Lava Jato.
A Petrobras enfrenta novas investigações e processos judiciais relacionados a práticas de corrupção anteriores, prolongando a incerteza sobre seu futuro.
A empresa divulga seu balanço anual, mostrando uma recuperação parcial, mas ainda enfrentando desafios significativos em termos de governança e recuperação de sua imagem no mercado internacional.