Delegado Igor de Paula (Foto: Divulgação/Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal)

Nome: Igor Romário de Paula

Local de Nascimento: Brasil 

Na Lava Jato: Delegado chefe e coordenador da Lava Jato na Polícia Federal de Curitiba – PR. [1]

Atualmente: Delegado da Polícia Federal Diretor de Investigação e Combate ao Crime Organizado, Polícia Federal (2019)

Graduado em Direito pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), o delegado está na Polícia Federal desde 2003. Foi Chefe do Núcleo de Polícia de Imigração da Delegacia de Polícia Federal em Foz do Iguaçu/PR (2004-2006). Foi Delegado Executivo da Delegacia de Polícia Federal em Foz do Iguaçu/PR (2005-2006). Chefe do Grupo de Repressão a Crimes contra o Sistema Financeiro e Lavagem de Dinheiro da Superintendência da PF em Curitiba/PR (2008-2010). Chefe da Delegacia de Repressão a Crimes Fazendários da Superintendência da PF de Curitiba/PR (2010-2012). [2]

Desde 2014, Igor Romário de Paula foi coordenador das 57 fases deflagradas pela Operação Lava Jato na cidade de Curitiba, no Paraná, e atuou também à frente das investigações do Banestado. 

O delegado foi nomeado diretor de Investigação e Combate ao Crime Organizado do órgão no início do governo Bolsonaro, em 2019 [3] e atuou até fevereiro de 2021. Sua saída ocorreu cerca de uma semana depois da força-tarefa encerrar suas atividades e integrar o grupo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado). Igor foi dispensado de seu cargo no Brasil e indicado para atuar no Canadá. [4] [5]

Em 2015 investigou juntamente ao Ministério Público Federal (MPF)  e indiciou os empreiteiros Marcelo Odebrecht e Otávio Azevedo. [6]

Em 2016, foi responsável por cumprir a condução coercitiva do ex-presidente Lula, por ordem do ex-juiz Sergio Moro, no mandado de busca e apreensão na 24ª fase (Aletheia) da operação. No ano de 2017, ele confirmou que foram feitas imagens durante a operação, mesmo sem a autorização de Moro. [7]

Em março de 2017, a Comissão de Ética da Presidência da República enviou um pedido de investigação contra delegados da operação, à Comissão de Ética do Ministério da Justiça. O pedido foi protocolado por deputados do PT, contra os delegados da Polícia Federal Maurício Moscardi Grillo e Igor Romário de Paula. [8]

No mesmo ano, o filme “Polícia Federal – A Lei É Para Todos” é lançado nos cinemas com o ator Antonio Calloni, interpretando um personagem inspirado em Igor, o delegado Ivan. Após assistir Igor de Paula comentou: “Acho que foi da proposta deles, fazer um filme mais com foco na investigação policial. Acho que se vier um segundo, o papel deles (Ministério Público Federal) tende a ser um papel de destaque. Vai ser um pedaço muito focado em decorrência das colaborações, tende a ser o destaque principal do Ministério Público na próxima”, avaliou Igor Romário. [9]

Em maio de 2020, Sergio Moro depôs ao delegado o inquérito que apura as acusações de que o presidente Jair Bolsonaro tentou interferir politicamente nas investigações da PF (Polícia Federal).

Em 2021 o delegado é citado nas mensagens vazadas pelo Intercept publica em sua série de reportagens da Vaza Jato, em conversas nas quais o delegado troca fotos do resultado da busca do ex-presidente com seu colega e dispara a notícia do suposto roubo do “Cristo do alejadinho” em grupo com procuradores. [10]

Referências